DIAS CONTADOS



XX/08/2025 

Eliminei parte da podridão, li poesia francesa sobre a segunda guerra mundial— pensei em ser uma poeta sem muito dinheiro. Eu preferiria contar centavos do que ser miseravél em um trabalho qualquer. Viver de maçãs e vinho. Voz alguma é forte para me fazer acreditar o contrário. Ultimamente o meu maior problema tem sido a opulência. E, talvez eu para sempre esteja entre esses sinônimos, pois eu sou feita de tudo que me satifaz. Quem sou eu, se não um remendar de prazeres? Tenho seis livros no final de minha cama, empilhados acimetricamente— implorando para serem lidos. Neste ano, li setenta livros até hoje, nada mal. Acabo de terminar de escrever algo que estou muito orgulhosa sobre— a vida é sobre livros. Poemas são complexos, pois eles saem de lugares muito nítidos, experiências muito fortes— fazem meses que algo não cutuca a minha pele e me diz “escreva. ESCREVA. ESCREVA.” /O silêncio é uma benção, e a chave primordial de todas as minhas criações. "Tudo o que somos e o silêncio" —você acha que eles sabem sobre tudo isso? Você acha que eles podem sentir o gosto da bile? Você poderia dizer que sou muito boa em me esconder entre os sussurros do silêncio, mas, eu apenas evito verdades faladas. Olhares distorcidos em cima de palavras amargas. A conversa de jantares que ninguém ousa mencionar— cruel, talvez, mas sempre com um coração puro. O silêncio é uma benção, parcialmente.

Os pássaros estão cantando algo de novo, mais agressivo, menos rítimico nas nossas janelas. Os galhos dançam com as sombras entre os braços—, ultimamente ando chorando muito. Gosto de pensar que essas lágrimas vêm de um lugar genuíno, que as luzes temporariamente avermelhadas acima de meus olhos dentro destes túneis são a causa de um soçobro tão sincero. As mariposas me perseguem, e acho que terei de escutar a vida ao meu redor, agora que meus fones andam judiados. Sempre ando surda pelas ruas, não gosto de ter a possibilidade de encontrar vozes conhecidas. E, isso dói mais do que deveria. Minhas pernas, minhas curvas, meus ossos— tudo anda em constante mudanças— será que vale a pena? Fixar no relfexo em meia luz, diante de tanta poeira. Se o corpo muda, a alma se desencaixa? Coberta por algodão aintigo, sinto o tecido dançando— será que a alma muda? O orgulho é sem dúvidas o meu maior inimigo. Me permitindo encontrar a satifação dentro de um incômodo tão grande.                                                                                                              

Um certo tipo de esperança pintada entre os tons de rosa em minhas bochechas anda crescendo em mim; outrossim, com a alma azul. Entretanto, esses flashes de calor sob nossa pele são lindos. Ah, sim. merecemos algo lindo— dias simplistícos, nada demais, apenas humanos. Peguei os meus desejos entre dois dedos, com as unhas descascando o esmalte vermelho de duas semanas atrás, eu fiz cinco longos desejos debaixo do sol— entre as aulas. Minha sorte, assim como os meus desejos, habita entre as costelas. Existem muitas palavras a serem escritas, mas nada a ser dito— que desconforto que me causa viver na paz de saber que estou só. 



 




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